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ELIMAR SILVA MELO
( BRASIL – MINAS GERAIS )
Possui Mestrado em Administração; especializações em marketing, comunicação social e Gestão Empresarial; graduação em Ciências Contábeis pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1987) e graduação em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1987).
É coordenador do MBA em Gestão Estratégica de Escolas da PUC Minas. Foi Diretor Executivo do Colégio Salesiano de Belo Horizonte. Foi Coordenador Administrativo e Financeiro das Instituições Arnaldo Janssen (Faculdades e Colégios); professor da Fundação Getúlio Vargas - RJ, professor da Fundação Dom Cabral, diretor da Escola de Educadores Materiais Educacionais e Literários e - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial/RJ, professor do Centro Universitário de Patos de Minas, conselheiro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, consultor - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais, professor da Faculdade de Tecnologia Senac Belo Horizonte.
Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: plano estratégico, atendimento, educar, empreendedorismo e marketing. Conferencista em importantes Congressos de Educação, escritor e poeta. Informações coletadas do Lattes em 21/07/2022
Fonte: www.escavador.com/sobre/943994/elimar-silva-melo
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MELO, Elimar Silva. Vitral. Belo Horizonte: Manuscritos, 2009. 80 p. CDD 869 975 No. 10 238
Exemplar doado pelo amigo (livreiro) Brito, para a biblioteca de Antonio Miranda
PAIXÃO SEMENTE
Vivo de paixão semente
Daquelas que só servem se morrerem.
É no segredo de rubra terra do coração
Que se mata, pouco a pouco, a paixão.
Crime necessário... Arbitrário
Depois do repouso e sossego do óbito
Nutrida, mas destruída,
A semente paixão desperta
Cria vida e procura luz.
Vira amor nascente
Cresce
Com a dureza do cedro
Que resiste ao tempo
Com a humildade do bambu
Que se curva ao vento
Se desmancha sobre
O ribeirão com a generosidade do salgueiro
Muda, sofre, frutifica... rompe
Pra espalhar paixão semente
SOPRO SEU
Nada para vento
De nada adianta barravento
Pois ninguém quebra vento
Afinal tudo catavento
Infinita ventania interior
Liberdade latente do ar
Sem limitações ou angústias
vem quando quer e se vai da mesma forma
nunca é conduzida
por nada é impedida
solto apesar de vazio
Desejo de ser vento... servente...
serviçal servir você
TRAMAS DE UM OUTONO
Assim...como se não houvesse intenção
Assim... como se não houvesse desejo
Assim... como se não houvesse lógica
Mesmo assim... houve... e não pude evitar seus olhos.
O caminho só se faz caminhando
E o risco de não caminhar
É se submeter a caminhada alheia.
“De tanto não poder falar
Meus olhos deram de gritar seu nome.”
Havia outra alternativa?
Se fosse assim... o coração não se enganaria tanto.
PLENA CERTEZA
Por que acontecer comigo?
Com sorriso cheio de luz
um convite ao abrigo
que aos poucos me seduz
Amparada pela plena certeza
de que será inevitável
resistir a tamanha beleza
de um rosto tão afável
Torna-se mais obscuro
E eu tateando, meio cego
Com passos fracos, inseguro
Preciso um sonho completar.
E num abraço envolver.
Sem medo de parar.
FINAL DE LUTA
Descalço, sem chão e sem par
Louco e desvairado sino a tocar
Melódica canção para ferir.
Descalço, sem teto e sem lua
Tonto perambulando pela rua
Sentindo aquela vontade tanta
Que no interior se agiganta.
Descalço, sem chuva e sem poço
Vivendo sonhos dos olhos da moça
Sorriso de mármore lapidado
Fixo no canto molhado.
Descalço, sem papel e sem verso
Pairando, a ponto ao inverso
Construindo pontes de flores
Sentindo perfume nas cores.
Descalço...
AOS TEUS OLHOS
“Meu coração vagabundo
quer guardar o mundo em mim”
Esse vadio que ao peito estremece
Voltou a fazê-lo com vigor.
Alegre que não entristece
Só pode ser de amor
Se acaso encontrares um brilho no ar.
Deixe-o passar sem provação
São meus olhos a cantar
As aventuras desse coração
Perceba o calor da voz
Sinta o aperto na mão
O suor denso entre nós
A picada do beijo, e então...
O desespero é todo meu
Amar você é um sonho
Sonho que já padeceu
E ressuscitá-lo me proponho.
*
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Pagina publicada em novembro de 2024
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